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Cid Moreira ganhou o respeito e a admiração de milhões de brasileiros ao longo de sua carreira.

  • Foto do escritor: Karol Babilonia
    Karol Babilonia
  • 3 de out. de 2024
  • 3 min de leitura
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O jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, um dos ícones da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (3) aos 97 anos. Cid estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, desde o dia 4 de setembro, devido a complicações de insuficiência renal crônica. Seu quadro de saúde piorou, e ele morreu às 8h desta quinta, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
O corpo do jornalista será enterrado em Taubaté, sua cidade natal. Ainda não se sabe a data e em qual cemitério será a cerimônia de despedida.

A HISTORIA DE UM GRANDE JORNALISTA


O jornalista Cid Moreira começou sua carreira no rádio em 1944, após ser incentivado por um amigo a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Entre 1944 e 1949, ele narrou comerciais e, em seguida, se mudou para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade. Em 1951, transferiu-se para o Rio de Janeiro e foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Lá, de 1951 a 1956, teve suas primeiras experiências na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas como "Além da Imaginação" e "Noite de Gala", na TV Rio.

Sua estreia como locutor de noticiários aconteceu em 1963, no "Jornal de Vanguarda", da TV Rio, marcando o início de sua trajetória no jornalismo televisivo. Nos anos seguintes, passou por diversas emissoras como Tupi, Globo, Excelsior e Continental, consolidando sua presença na televisão. Em 1969, Cid retornou à Globo para substituir Luís Jatobá no "Jornal da Globo", transmitido às 19h45. No mesmo ano, foi escalado para a equipe do recém-criado "Jornal Nacional", o primeiro telejornal em rede no Brasil. A estreia do JN ocorreu em setembro de 1969, e Cid dividiu a bancada com Hilton Gomes.

Cid Moreira descreveu o nervosismo ao participar da estreia do "Jornal Nacional", que logo se tornaria o principal telejornal do país. "Eu chegava apenas para apresentar o jornal. Naquele dia, vi o nervosismo de todos, mas para mim era uma situação normal. No dia seguinte, vi a manchete em O Globo: 'Jornal Nacional...' Foi aí que comecei a perceber a dimensão do projeto", contou ao Memória Globo.

Dois anos depois, Cid iniciou uma parceria duradoura com Sérgio Chapelin. Por 26 anos, ele foi o principal rosto do JN, com sua voz inconfundível e seu emblemático "boa-noite", que se tornaram sinônimos de credibilidade no telejornalismo brasileiro.

Em 1996, o "Jornal Nacional" passou por uma reformulação que trouxe novos apresentadores, William Bonner e Lillian Witte Fibe. Cid Moreira, então, passou a se dedicar à leitura de editoriais, mantendo sua presença no programa.

Paralelamente à sua carreira no "Jornal Nacional", Cid Moreira também marcou presença no "Fantástico" desde sua estreia em 1973, revezando com outros apresentadores. Em 1999, ele foi a voz por trás do famoso quadro de Mr. M, que se tornou um grande sucesso no programa. Sua narração ficou tão associada ao quadro que ele chegou a entrevistar o próprio Mr. M quando o ilusionista visitou o Brasil no ano seguinte.

Na década de 1990, Cid começou a se dedicar a um projeto pessoal: a gravação de salmos bíblicos. Esse trabalho culminou, em 2011, na realização de um grande sonho — gravar a Bíblia na íntegra. O projeto foi um enorme sucesso de vendas e consolidou sua imagem como uma das vozes mais marcantes e respeitadas do Brasil.

Em 2010, sua trajetória foi retratada na biografia "Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil", escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira. No mesmo ano, durante a Copa do Mundo, Cid gravou a icônica vinheta "Jabulaaani!" para a cobertura esportiva da Globo, adicionando mais um capítulo memorável à sua extensa e ilustre carreira na televisão.
 
 
 

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